No mundo do delivery sempre que falamos em aplicativos, nos vêm à cabeça as grandes plataformas de entrega, que fazem a intermediação entre os pedidos de seus clientes e sua cozinha, não é mesmo? Mas, o universo destas soluções tecnológicas que cabem na palma de nossa mão vai além daquelas já estabelecidas por grandes big techs.
Se voltarmos ali pelo início dos anos 2010, quando a chamada "app economy" despontou, vamos lembrar que várias empresas - de todos os portes - sonhavam com seu aplicativo próprio: jornais, redes de cinema, lojas de varejo e, claro, restaurantes. Mas, de lá para cá muita coisa mudou e o que um aplicativo próprio faria pode ser feito por "n" soluções. Daí, fica a pergunta: será que um app próprio para o seu restaurante é um investimento que vale à pena?
Por que você precisaria de um aplicativo próprio para o seu restaurante?
A resposta para esta questão passa, na verdade, por uma característica técnica que aplicativos têm quando são desenvolvidos de forma nativa, ou seja, utilizando a própria linguagem de programação do sistema operacional em questão.
Um app desenvolvido a partir desta lógica tem direito a solicitar algumas permissões que "conversam" diretamente com o smartphone do seu cliente, como acesso a funcionalidades da câmera, à localização, envio de notificações entre outras. Desenvolver aplicativos com este nível de opção requer, portanto, o domínio da linguagem em si, mas também o oferecimento de uma infraestrutura de dados que envolve servidores, segurança, etc.
Se a sua opção é ter todo esse percurso para oferecer conteúdo e acesso a determinadas promoções, a conta começa a não fechar, certo? A resposta à questão deste tópico nasce justamente dessa constatação: o benefício pretendido por 90% das suas necessidades pode ser atingido de outra forma.
Mas é claro que um aplicativo próprio pode responder a outras necessidades de sua marca, desde integração com sua base de clientes até unicidade de "voz de marca" entre franquias. Além disso, você pode criar outros ambientes transacionais e até comercializar algum tipo de produto complementar a experiência do seu delivery. Mas, o raciocínio segue: um investimento em desenvolvimento de app nativo fecha a conta?
Tipos de aplicativos além do nativo: embarcado ou web
Muitos desenvolvedores já fizeram esta pergunta, desde o lançamento do iPhone em 2007, que deu início ao conceito de smartphone como conhecemos hoje. Tanto que de lá para cá, algumas alternativas começaram a surgir, soluções inteligentes e mais ágeis que deram conta de grande parte das necessidades de empresas ao redor do mundo.
A primeira delas é o que se chama de aplicativo "embarcado". Explicando rapidamente: imagine que o site de seu restaurante tem tudo o que você precisa em termos de funcionalidades e sua necessidade passa muito por oferecer conteúdo atualizado para a sua base de clientes (como endereços, horário de atendimento, cardápios, promoções, fotos da loja…), além de formas de contato direto.
Partindo deste princípio e da migração mais do que comprovada de nosso comportamento de navegação dos computadores para os celulares, muitos desenvolvedores passaram a "encapsular" os sites dentro de "cascas" desenvolvidas para funcionar como aplicativos. Ou seja: cria-se uma "moldura" programada na linguagem nativa do sistema operacional desejado na qual o site é embarcado em sua versão mobile.
A partir desta manobra é possível, então, disponibilizar o site como um aplicativo e, assim, aparecer nas lojas oficiais, receber avaliações de seus usuários por lá e, assim, estabelecer mais um ponto de contato. É importante lembrar que algumas das funcionalidades ficam limitadas.
Mais recentemente, com o crescimento de uma tendência de design chamada "layout responsivo", um site de uma marca precisa ser adaptável ao tamanho de tela em que está sendo exibido e, uma vez que grande parte de nossa interação com a internet se dá a partir de smartphones, o ponto de saída para a criação das soluções passou a ser a tela do smartphone. É o chamado "mobile first", quando as decisões criativas e técnicas priorizam a utilização a partir de dispositivos móveis. Percebendo esta evolução, os sistemas operacionais dominantes hoje (iOS e Android) começaram a permitir que o acesso a um site possa ser facilitado a partir da criação de um ícone em uma das telas do aparelho, ou seja, exatamente como um aplicativo.
Então, mais uma vez, se a sua necessidade é em exibir conteúdo, sem utilização de funcionalidades nativas, um site bem construído e que tenha layout responsivo pode funcionar, na prática, como um aplicativo web para o seu restaurante.
Algumas soluções alternativas ao aplicativo próprio para delivery
A substituição do app nativo por outras soluções pode até mesmo a criação de um site próprio. Como dissemos aqui em nosso Guia Básico das Redes Sociais, você pode estabelecer um relacionamento mais aprofundado a partir da publicação constante de conteúdo relevante para o seu público, seja ele promocional ou institucional.
Lembrando que hoje temos diversas redes sociais com propostas diferenciadas e que demandam visões e conteúdos adaptados. Dos posts com fotografia impecável do Instagram às coreografias do TikTok, a criatividade deve estar aliada ao planejamento para manter o calendário de publicações sempre em dia e os comentários, positivos ou não, respondidos.
Para resumir: aplicativo nativo ou não, site no lugar de aplicativo ou não, o que conta, sempre é estabelecer pontes de relacionamento com os seus públicos!