No começo de janeiro de 2022, o mercado de delivery foi sacudido por uma notícia no mínimo inesperada: a direção do Uber indicou o fim da operação de seu serviço Uber Eats no Brasil a partir de março, parte da estratégia da marca de descontinuar operações pouco lucrativas em alguns países.
O movimento coloca ainda mais luz sobre a questão da concentração de operações nas mãos do iFood, que já enfrenta reclamações movidas no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre seus contratos de exclusividade, como comentamos aqui neste post. Mas quais os impactos que podemos esperar depois de março para as operações de Delivery como a sua? Acompanhe a seguir.
Mercado em concentração, dando força ao contrato de exclusividade
Antes de analisar essa primeira possível consequência, vale dar uma olhada mais detalhada na estratégica que levou o Uber Eats a interromper a sua operação. É que o iFood detém grande parte do mercado, com algumas pesquisas indicando uma fatia de 83% de atuação.
Daí, mesmo com todos os esforços e investimento, a liderança demoraria a chegar. E mais: analistas indicam que o mercado de delivery segue para um cenário de "o ganhador leva tudo", movimento estratégico em que a concentração acaba sendo inevitável. Ou seja, o Uber Eats, na falta de um cenário onde levaria o topo da lista, optou por encerrar seus esforços.
E é aí que você, que administra o seu negócio de delivery no dia a dia, precisa ficar atento. O contínuo crescimento do iFood pode levar a outro tipo de consequência que é o crescimento de uma mentalidade de exclusividade. Isso pode acontecer de forma até mesmo velada, como vantagens para quem optar por concentrar suas entregas pelo iFood; ou direta mesmo: com a imposição de contratos como o que mencionamos no post já relacionado aqui.
Áreas de cobertura podem sofrer alteração
Embora seja um cenário mais difícil de acontecer, uma vez que a liderança em um mercado competitivo como esse se traduz em qualidade de serviço por parte da plataforma, pode ocorrer um período de adaptação e acomodação no qual antigas áreas de cobertura sejam prejudicadas.
Assim, seu cliente, acostumado a solicitar via Uber Eats por ser a alternativa mais rápida e capilarizada para seu endereço, pode sentir a falta de atendimento ou até o completo desaparecimento de sua operação na lista de opções. Isso porque em alguns casos o algoritmo do iFood acaba priorizando restaurantes maiores. Enfim, um caso a se avaliar e medir dia a dia.
Instabilidade dos apps faz com que não se tenha tanta alternativa
Vale lembrar outro detalhe: estamos falando de um mundo que acontece nas plataformas e nas nuvens onde estão instaladas. Uma vez que ocorra concentração, ficamos sem alternativas em caso de pane.
Temos até um precedente recente que demonstra este nível de dependência: quando o ecossistema do Facebook sai do ar, derrubando Whatsapp e Instagram junto, a sensação foi de que o mundo parou. Até pequenos lojistas - brechós, artesãos, etc - que utilizam normalmente plataformas como essas para realizar as suas vendas reportaram queda de faturamento e sensação de "apagão"nos negócios.
Esta dependência é, sem dúvida, um dos alertas mais relevantes quando se fala em concentração. Do lado de cá de sua operação, vale lembrar que contar com uma solução como o LET'S Delivery Max é de grande ajuda.
Sendo uma ou diversas plataformas, a possibilidade de fazer a gestão de forma integrada e ágil pode representar um diferencial e tanto e, ao poder coordenar todas as manifestações, comentários e avaliações de seus clientes em um único lugar você pode, a partir da análise de dados, entender melhor o impacto de um movimento como esse na percepção de sua marca e, claro, nos pedidos.
Estaremos de olho nesta e em outras novidades do mercado de delivery sempre traduzindo os acontecimentos do mercado em dicas simples e úteis para o seu dia a dia. Ainda tem dúvidas? Mande um comentário em nossas redes!